Tomio Ikefuti
Tomio Ikefuti
Administrador e Proprietário da Contabilidade Jóia
Inflação do aluguel desacelera em julho e fica em 5,18% em 12 meses
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, desacelerou de 0,75% em junho para 0,26%, em julho, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgada nesta terça-feira (30). Em julho de 2012, a variação foi de 1,34%. A variação acumulada em 2013, até julho, é de 2,01% e, em 12 meses, de 5,18%. Em junho, a alta em 12 meses havia sido de 6,31%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), conhecida como inflação do atacado, integrante do cálculo do IGP-M, variou 0,30%, contra 0,68% em junho. O índice relativo aos Bens Finais variou -0,58%, em julho. Em junho, este grupo de produtos mostrou variação de 0,08%.
Também usado no cálculo do indicador, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação negativa de 0,07%, em julho, ante 0,39%, em junho. A principal contribuição para o decréscimo da taxa do índice partiu do grupo alimentação (0,23% para -0,48%), com destaque para os preços de hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -5,15% para -10,67%.
Seguiram o mesmo comportamento transportes (de 0,30% para -0,62%); habitação (de 0,64% para 0,39%); vestuário (de 0,72% para -0,38%); saúde e cuidados pessoais (0,44% para 0,38%) e comunicação (de 0,20% para 0,14%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), utilizado para calcular o IGP-M, mas com peso menor, registrou, desacelerou de 1,96% para 0,73%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,37%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,58%. O índice que representa o custo da mão de obra variou 1,05%, contra 3,24% na apuração anterior.
Novo sistema assusta empresas
O Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, batizado como eSocial, causou arrepio a empresários pelo número de informações que terão que ser incluídos no sistema. Criado pelo Ato Declaratório nº 5, da Receita Federal, o sistema que veio para simplificar, poderá aumentar a burocracia e o custo administrativo, segundo as empresas. O novo modelo é mais um projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), instituído em 2007, do qual resultou, por exemplo, a nota fiscal eletrônica e o Sped fiscal. Dessa vez, o sistema estabelece o envio de forma digital por parte das empresas das informações cadastrais de todos os empregados. O sistema vai substituir o envio de nove obrigações que hoje são feitas mensal e anualmente — como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf), Guia de Recolhimento do FGTS e informações a Previdência Social (GFIP)—por apenas um envio. Só que além dessas informações, já tradicionais, o Ato Declaratório estabelece que a partir de janeiro todas as empresas terão que enviar — em alguns casos diariamente — o histórico dos empregados, com informações que vão desde a admissão até a demissão, passando pelos atestados médicos e as advertências. Ao todo, as empresas terão que enviar à Receita Federal 44 tipos de informações por empregado.
“O projeto que foi criado com os louváveis objetivos de facilitar o cruzamento de dados e combater a sonegação fiscal, veio com efeito colateral. Da forma que está desenhado na fase atual, acaba por criar obrigações desmedidas às empresas, gerando maior burocracia e custo”, diz o diretor-adjunto sindical da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Adauto Duarte. A Fiesp pretende encaminhar ao governo documento sugerindo alterações nessa que é a primeira versão do eSocial. “Por cautela, vamos sugerir que o governo entre com o sistema conforme previsto, apenas unificando as informações que já são repassadas e,depois, através do dialogo tripartite, se construam as novas obrigações”, comenta Duarte, alegando que as empresas precisam avaliar se os custos adicionais vão ou não afetar sua competitividade. Entre os novos custos para as empresas, o diretor cita o alto valor de atualização dos sistemas informáticos de folha salarial, que terão que ser compatíveis com o eSocial, e o investimento no treinamento dos empregados. “Além disso, no início haverá a convivência dos vários sistemas, como por exemplo o eSocial e o Caged. Nesse período de transição, as empresas terão que arcar com o custo do envio de informações em duplicidade”.
Para Victória Sanches, gerente especialista em soluções da unidade de negócios de Tax & Accounting da Thomson Reuters no Brasil, apesar de o novo módulo trazer um impacto inicial para as empresas, ele representará um importante ganho, especialmente para o trabalhador. “Ele poderá entrar com seu CPFe terá lá registrada toda a sua vida laboral.Nãoenfrentará tudo o que enfrenta hoje para, por exemplo, fazer aposentadoria”, diz a consultora, que participa do GT 48, o grupo de trabalho que vem implantando o Sped desde sua criação. Ela alerta, no entanto, que a complexidade do sistema exige que desde já as empresas adaptem seus sistemas ao eSocial: “São muitas informações novas. Não é algo que você vire uma chavinha e o sistema estará implantado. Envolve mudança de cultura e mudança de processos”.
Texto confeccionado por: Edla Lula
Imposto corporativo pode mudar para gerar emprego
O presidente dos EUA, Barack Obama, expressou ontem sua vontade de trabalhar com os republicanos para reformar a lei de impostos corporativos do país, mas sob a condição de que qualquer ganho seja direcionado a "investimentos significativos" para impulsionar a criação de empregos.
No mais recente de uma série de discursos sobre a política econômica, Obama continuou a criticar os republicanos por suas obstruções, prevendo que a falta de ação do Capitólio vai prejudicar a economia. Em discurso feito no armazém da Amazon em Chattanooga, no Estado norte-americano do Tennessee, Obama alertou que "na medida em que Washington se aproxima de outro debate orçamentário, os riscos não poderiam ser maiores".